O videoclipe, dirigido por Bárbara Magri, Lucas Teixeira, Pedro Moura e Bruno Correia, traduz esses elementos com ainda mais intensidade. Nele, uma coreografia envolvente com Seu Jorge se entrelaça a símbolos da cosmogonia do povo Fon, originário do antigo Daomé.
“O convite para Seu Jorge fazer parte de ‘Apocalipse’ surgiu depois de estreitarmos laços durante as gravações do filme ‘A Melhor Mãe do Mundo’, no qual nós dois atuamos”, relembra Luedji.
Ela continua: “Ele é referência na música, uma figura forte e de presença marcante, um dos homens mais bonitos do Brasil. Gosto de sua voz, do seu timbre. Sempre quis fazer algo em parceria com ele e finalmente surgiu a oportunidade”.
O trabalho também traz a poderosa narração de Conceição Evaristo, que conta a história da serpente responsável por trazer vida à Terra e que, segundo a lenda, sustenta o mundo com seu próprio corpo — mas que, ao morder o próprio rabo, selará a submersão do planeta no mar.
“Conceição representa a voz da tradição, da nossa ancestralidade, a nossa escrita, a nossa vivência, a nossa história. Ela é uma voz e uma figura importantes para contar uma história importante, a partir de uma perspectiva de um povo importante também”, afirma Luedji.
Dá o play:
“Apocalipse” chega na sequência do lançamento de “Um Mar Pra Cada Um”, álbum disponibilizado em 26 de maio. O disco encerra uma trilogia iniciada com “Bom Mesmo é Estar Debaixo D’Água” (2020) e sua versão deluxe (2022), mergulhando ainda mais fundo nas sonoridades do jazz e do neo-soul.
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